O presidente Lula e o governador Wellington Dias entrarão para ahistória do Piauí se levarem adiante a promessa da retomada econclusão das obras do porto marítimo e da recuperação e revitalização da estrada de ferro Teresina-Luís Correia. O porto é um sonho secular do Piauí que até aqui tem vivido praticamente só de promessas. Entra governo e sai governo e, como a estrada de ferro, o porto continua lá, abandonado. Os últimos investimentos na obra foram feitos há quase 30 anos. A ferrovia, com mais de 300 quilômetros, está praticamente destruída e o Piauí perdeu, sem reclamar, uma alternativa econômica para o transporte de carga e de turistas entre a capital e o seu litoral.No seu livro “Humberto de Campos – evocações de uma vida”, lançado no ano passado, em Parnaíba, a promotora de Justiça Amparo Coêlho transcreve uma carta do renomado escritor referindo-se, já nos idos de 30 do século passado, ao sonho do porto marítimo do Piauí.O livro é uma interessante e emocionante biografia do escritor, que nasceu em 1887, no Maranhão, e viveu a sua infância no Piauí, mas precisamente em Parnaíba, com seus parentes, os Véras. Humberto de Campos foi o escritor mais popular de sua geração. Publicou mais de 40 livros, ingressou na Academia Brasileira de Letras aos 33 anos e morreu aos 48, no Rio de Janeiro, no auge de sua glória literária.Em Parnaíba, uma das atrações turísticas é o famoso cajueiro de Humberto de Campos, que o escritor plantou no quintal de sua casa quando morou na cidade. Ele dedica uma crônica de saudade e de ternura ao seu “amigo de infância”, em seu livro “Memórias”. O cajueiro já foi mais visitado. Com o passar dos anos, as novas gerações, por falta de informação, vêm perdendo o interesse por ele.Na página 109 do seu livro sobre Humberto de Campos, a promotora Amparo Coêlho transcreve uma carta que o escritor, já convivendo com o sucesso literário, no Rio, manda para sua mãe, dona Anica, que ficou morando em Parnaíba. Na carta, ele agradece homenagem prestada pela cidade a ele e à sua mãe. Após os agradecimentos, faz votos para “que Parnaíba tenha o seu porto, sonho de sua História. Que a estrada de ferro continue avançando os seus dois tentáculos de aço pelo sertão, para trazer-lhe as riquezas, que neles dormem”.A carta de Humberto de Campos data de 1933. E parece que foi escrita ontem. VEJA MAIS NOTÍCIAS DESTA COLUNA
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5 comentários:
Prof. Saulo, que iniciativa magnífica!
Parabéns pela contribuição que você está dando à reflexão sobre o meio de transporte ferroviário.
Os trens, as estações, a figura do maquinista e do bilheteiro fazem parte das minhas memórias de infância. Já fiz uma viagem de trem que durou 24 horas... Inesquecível para uma menina de sete anos de idade...
Será que as crianças brasileiras um dia saberão o que é viajar com os pais num carro-leito?
O Brasil sobre os trilhos queremos ver!
Salve, Saulo!!!!
Prezada Gisele,
É um prazer tê-la nesta "viagem"... Quem sabe não encontraremos o Toby correndo por entre os corredores dos vagões!!! :-)
Precisamos falar mais dessa magia que o trem exerce em nossas vidas!
Um abração
Saulo, O trem ainda apita na lembrança dos que nasceram numa cidade do interior e viveram intensamente aquele romantico meio de transporte. Viajar de trem, ver o sertão passar por nós, com seus mandacarus, seus carnaubais, se fartar de guloseimas a cada nova estação. Viajar abraçadinha com o namorado. Ah!!! belas lembranças! Em minha cidade, Ipueiras-Ce a estação foi reformada, e o trem de cargas, ainda passa por lá. MAS, o trem de passageiros deveria voltar. Voltar e se ajustar ao turismo tão em alta no momento.
Um abraço parabéns pelo blog.
Dalinha Catunda
Brother!
Parabéns pelo seu blog!
São pessoas como você que me faz considerar que uma outra realidade é possível!
Parabéns novamente e lhe faço um convite para conhecer meus blogs tbm! Abraço!
www.harrygeografo.blogspot.com
www.geografiaemperspectiva.blogspot.com
Saulo, minha amiga Dalinha avisou-me sobre seu blog. Parabéns. É realmente um inestimável regate. Em nossos blogs cearenses, meu, de Ipueiras e de Dalinha estamos sempre escrevendo sobre as saudosas viagens de trem de nossa infância. Valeu. Um abraço.
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