segunda-feira, 26 de outubro de 2009

1a estação (1874-1898) - 2a estação (1898-1969) - 3a estação (1970-1983)

The Porto Alegre and New Hamburg Brazilian Ry. (1874-1905)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1905-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1983)

Município de Porto Alegre, RS
Linha Porto Alegre-Uruguaiana - km 0
Linha de Caxias - km 0 RS-0225
Inauguração: 14.04.1874
Uso atual: demolida sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1970 (já demolido)

HISTORICO DA LINHA: A linha Porto Alegre-Caxias foi aberta no trecho entre a Capital e São Leopoldo em 1874, como a primeira ferrovia do Estado. Em 1876 foi prolongada até a estação de Novo Hamburgo. Em 1905, a Cie. Auxiliaire assumiu a linha. Apenas em 1909 a linha teve continuação, partindo de Rio dos Sinos, 7 km antes de Novo Hamburgo e chegando até Carlos Barbosa, e, no ano seguinte, até Caxias (Caxias do Sul). Em 1920 a linha foi assumida pela VFRGS. Foi desativada nos anos 1980; o trecho até São Leopoldo foi retificado e serve hoje ao sistema Trensurb da Grande Porto Alegre (trens metropolitanos); entre Rio dos Sinos e Montenegro, a linha foi erradicada em 1963, substituída por uma variante; para a frente, existem trilhos ainda em alguns pedaços, mas oficialmente a ferrovia a partir de Montenegro foi extinta em 1994 pela RFFSA.

A ESTAÇÃO: A estação original de Porto Alegre era um prédio de madeira, igual ao de São Leopoldo original, e foi inaugurada em 1874 para atender à linha Porto Alegre-São Leopoldo, aberta nesse ano. Ficava, segundo Attila do Amaral, num terreno a beira do rio Guaíba, situado entre a rua Voluntários da Pátria e a atual avenida Julio de Castilhos e entre as ruas da Conceição e a atual Dr. Barros Cassal. O prédio, idêntico ao de São Leopoldo, chegou da Inglaterra pré-fabricado, mas foi com certeza montado depois de 1874, pois havia uma dúvida quanto ao real ponto em que ela seria instalada. Por isso, é certo que na inauguração do primeiro trecho, em 1874, o trem partiu de uma plataforma provisória de madeira, construída às pressas, num ponto da Voluntários da Pátria que pode não ter sido o mesmo da construção final do prédio. Ele acabou sendo demolido em 1898 (nota: J. R. de Souza Dias dá essa data, erroneamente, como sendo em 1929). Pelo menos uma de suas janelas foi então removida para São Leopoldo, e nessa estação foi colocada como parte da ampliação desta estação. No mesmo ano foi aberta uma estação maior, de alvenaria mais ou menos na mesma área, se não no mesmo local, da estação original. A frente também dava para a Voluntários, e era

ACIMA: O pátio da estação de Porto Alegre, o "Castelinho", com as linhas, em 1915 (Esquema apresentado no "Molitor Report", publicado nesse ano pela Brazil Railway Co.).
recortado, com dois andares mais uma torre. No térreo, "à direita a bilheteria e um quarto de bagagem; à esquerda o buffet, a sala para senhoras e o toilette." A descrição do prédio é de 1907, de um relatório de entrega da já criada VFRGS ao Governo Federal. Somente para conferência de local, num mapa do Guia Levi de janeiro de 1970, essa segunda estação, apelidada de Castelinho, por causa de sua torre, é mostrada nessa mesma área, com frente para a rua Garibaldi (e o mapa também mostra que os trilhos avançavam para bem depois da estação, seguindo pelas avenidas Mauá e Guaíba até o final da rua Coronel Genuíno). A estação foi desativada e demolida em 1969/70, pois sobre ela passou o viaduto da Conceição. Nos Guias Levi de 1940 até 1944, a estação inicial da linha é citada como sendo Ildefonso Pinto - que a partir de 1927, quando foi inaugurada, era a estação inicial da E. F. do Riacho - seguida da de Porto Alegre, mas sempre com trens diferentes - ou seja, o trem que partia da primeira não parava na segunda (Porto Alegre) e vice-versa. Da mesma forma, não davam a distância de uma para a outra, e a de Porto Alegre era citada como sendo a km 0.

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Um comentário:

Anônimo disse...

A despeito do transporte ferroviário estar praticamente extinto no Brasil,mormente o de passageiros,quando jovem muito viajei de trem. Tanto no RGS como no eixo Rio e São Paulo.Assim, sinto-me previlegiado por ter sido um partícipe de uma época punjante da estrada de ferro, que hoje praticamente faz parte da nossa historia.