quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Livro narra a história das ferrovias no Brasil

Obra reconstrói parte importante da história do país através de cartões-postais e álbuns de lembranças
Roberto Amorim

Estação ferroviária da cidade de Piranhas, Alagoas, 1937. Oleone Coelho Fontes diz: “Corri sofregamente à estação ferroviária a fim de adquirir a minha passagem; e comprei-a com a advertência de que o trem não tinha horário certo, nem de saída, nem de chegada, pois dependia da presença da Volante (contingente policial) para defendê-lo dos possíveis ataques do bando de Lampião, imprevisível nas suas artimanhas (...)”.


O relato do apressado passageiro que precisava usar o trecho alagoano da Estrada de Ferro de Paulo Afonso, inaugurada em 25 de fevereiro de 1881, foi resgatado pela dupla de pesquisadores João Emilio e Carlos Cornejo no livro-documento “As Ferrovias do Brasil nos Cartões Postais e Álbuns de Lembranças”, que foi lançado com o selo de qualidade da Solaris Edições Culturais, também responsável pela publicação da premiada obra “Lembranças do Brasil: As Capitais Brasileiras”.


Os livros da dupla de competentes curiosos da História do Brasil têm a missão de tirar da penumbra do esquecimento importantes capítulos da formação recente da trajetória do país. Dessa forma também surgiram os volumes “Navios e Portos do Brasil” e “Lembranças de São Paulo”.

Os autores ainda revelam que foi um telegrafista da Estação de Piranhas quem utilizou a frase “Tem boi no pasto!”, como código para informar a localização do bando de Lampião na Fazenda Angico, na zona de limite com o vizinho estado de Sergipe. Em 1938, em Piranhas, foram expostas as cabeças do Rei do Cangaço, sua mulher Maria Bonita e boa parte dos homens e mulheres do seu destemido bando.

Boa leitura

Ao lado de textos curtos e informativos, a reprodução de dois cartões-postais da época revel ao cenário da cidade sertaneja no final do século 19. Em um deles, é possível ver a torre do relógio, a estação (hoje Museu do Sertão) e o girador ou virador de locomotiva.

Já Maceió aparece no livro através de imponência do recém-inaugurado prédio da Estação (1884), ponto inicial da Estrada de Ferro Central de Alagoas, que tinha “uma extensão de aproximadamente 150 quilômetros e passava por um total de 23 estações”.

Para recompor a teia das estradas de ferro brasileiras, os autores gastaram dois anos de árdua pesquisa, analisaram centenas de imagens, consultaram mais de 200 obras de referência histórica e conversaram com dezenas de especialistas. Trabalho já experimentado nas empreitadas anteriores, que resultaram em livros da mesma qualidade visual e histórica.

Para eles, o mais importante da publicação é revelar aos leitores testemunhos de uma vasta e quase desconhecida iconografia, retratando aspectos de interesse histórico e documental, num acervo até agora indevidamente preservado e valorizado.

“O apito da locomotiva era, e ainda é, sinal de desenvolvimento. Muitas cidades cresceram em volta das estações de trem, as quais, junto às velhas locomotivas e carros, viadutos e túneis, são importantes patrimônios culturais e fonte de riqueza futura pelo seu potencial turístico. Tudo deveria ser preservado, dando lugar a museus, centros culturais e locais de visitação. Isso é visão de futuro e não de passado”, afirmam.

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A INVENÇÃO DA LOCOMOTIVA
A Revolução Industrial, que se processou na Europa e principalmente na Inglaterra a partir do século XIX, surgiu quando os meios de produção, até então dispersos em pequenas manufaturas, foram concentrados em grandes fábricas, como decorrência do emprego da máquina na produção de mercadorias. Numerosos inventos, surgidos no século anterior, permitiram esse surto de progresso. Entre eles, destacam-se a invenção do tear mecânico por Edmund Cartwright, em 1785, revolucionando a fabricação de tecidos, e a máquina a vapor por James Watt, aperfeiçoando a descoberta de Newcomen, em 1705.

O aumento do volume da produção de mercadorias e a necessidade de transportá-las, com rapidez, para os mercados consumidores, fizeram com que os empresários ingleses dessem apoio a George Stephenson (1781-1848), que apresentou sua primeira locomotiva em 1814.Foi o primeiro que obteve resultados concretos com a construção de locomotivas, dando início à era das ferrovias.

Stephenson, engenheiro inglês, construiu a “Locomotion”, que, em 1825, tracionou uma composição ferroviária trafegando entre Stockton e Darlington, num percurso de 15 quilômetros, a uma velocidade próxima dos 20 quilômetros horários. Em associação com seu filho, Robert Stephenson, fundou a primeira fábrica de locomotivas do mundo. Foi ele considerado, então, o inventor da locomotiva a vapor e construtor da primeira estrada de ferro.

Ao iniciar-se a segunda metade do século XIX, a invenção de Stephenson já se desenvolvia na Europa e na América do Norte. Pelo menos 3.000 quilômetros de via férrea estendia-se no Velho Continente e 5.000 nos Estados Unidos.


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A história nos trilhos

O segundo Artigo deste mês de Novembro volta a tratar do Sesquicentenário da Ferrovia no Brasil. Desta vez, temos um texto que conta um pouco da História da Estrada de Ferro Mauá, a Primeira Ferrovia do País. Com este Texto, estréia como Colunista, o amigo Sérgio Augusto de Oliveira, ex-membro da Lista de Discussão Central do Brasil. Não deixe de conferir!
Este Artigo é obra de Sérgio Augusto de Oliveira, Técnico Administrativo da Universidade Estadual de Maringá - PR. É interessante notar a fantástica pesquisa do mesmo, que mesmo estando no Paraná, um pouco distante do eixo São Paulo-Rio, possui uma considerável e bem fundamentada pesquisa sobre a E.F. Mauá, tendo documentos significativos, como textos publicados no Jornal do Commércio de cerca de 150 anos atrás, citando o primeiro teste realizado na Ferrovia em 1853, e a inauguração da mesma em 1854. No momento ele está estudando um pedido de 1826 para construção de uma Estrada de Ferro no Brasil, ou seja, um ano apenas após a inauguração da primeira Ferrovia no mundo (Stockton-Darlington). Trata-se da cópia de um documento manuscrito que demanda um pouco de tempo para ser lido, por motivos óbvios. Contribuiu com a ilustração e legendas das fotos Christoffer R.
A ANPF, conforme dito anteriormente, continua publicando na Seção de Preservação A História nos Trilhos artigos sobre o Sesquicentenário da Ferrovia no Brasil, começando com o Artigo N.° 05 com a Parte I desta sequência, passando pelo Artigo N.º 07 com a Parte II e chegando agora à Parte III. Serão diversos artigos publicados inclusive neste ano de 2004, quando se comemora Oficialmente os 150 Anos de Ferrovia no País. Paralelamente a isso, a ANPF no mês de Outubro, inaugurou a primeira parte de sua Exposição Itinerante sobre os 150 anos de Ferrovia no Brasil, e entre o final deste ano e início do novo ano que se aproxima, estará inaugurando também sua exposição virtual sobre o mesmo tema.

Christoffer R.

Webmaster - ANPF


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TRENS DE PASSAGEIROS DO BRASIL

Nesta relação você pode saber a história de diversos trens de passageiros que circulam ou circularam no Brasil. Cada Estado tem ou tinha seus trens, cuja história e detalhes são relacionados em cada linha ou em cada composição nas páginas que se pode visitar pelas páginas-índice abaixo.

É importante saber que não existem mais trens de passageiros regulares no Brasil, com apenas duas exceções (os trens da Vale do Rio Doce, Belo Horizonte-Vitória e São Luiz-Carajás) e dos trens metropolitanos de algumas capitais (São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza e Teresina) e também o Pindamonhangaba-Piracuama, em SP.
Se quiser saber alguns dos horários e informações sobre os que sobraram,

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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Misterio do Trem Azul

editora: Nova Fronteira
ano: 1976
estante: Literatura Estrangeira
meta-estante: Literatura Estrangeira, Literatura Inglesa, Literatura Policial, Romance Ingles, Romance Policial
peso: n/d
cadastrado em: segunda-feira, 19/11/2007. 12:28:14
descrição: compre no cartao Visa. muito bom estado de conservaçao. capa dura. o homem de cabelo branco. m le marquis. coraçao de fogo. na rua curzon. um cavalheiro util. mirelle. cartas. lady tamplin escreve uma carta. recusa de uma oferta. no trem azul. assassinato. na villa marguerite. van aldin recebe um telegrama. a historia de ada mason. o comte da la roche. poirot discute o caso. um cavalheiro aristocratico. derek almoçar. uma visita inesperada. katherine faz uma amiga. no tenis. m. papopolous toma seu desjejum. uma nova teoria. desafio. um aviso. entrevista com mirelle. poirot brinca de esquilo. uma carta de casa. miss viner faz seu julgamento. mr aarons almoçar. katherine e poirot comparam observaçoes. uma nova teoria. novamente o trem azul. explicaçoes. junto ao mar.

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