quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rede ferroviária (ex) nacional: Roubar tudo, destruir tudo e cobrar pelo serviço prestado




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Wilson de Carvalho   

Ferrovias que interligavam todo o Brasil e chegavam a países da América do Sul foram abandonadas, chegando ao extremo de construir ruas e avenidas sobre a malha ferroviária. Em Miguel Couto, na Baixada Fluminense, existe um bar sobre a linha férrea. Os trens de passageiros viraram sucata e os poucos que circulavam não ofereciam sequer condições de segurança. É grande o roubo de dormentes e trilhos em todo o país.
A RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A), que já teve um patrimônio superior ao da Petrobrás, está em processo de extinção, acelerada pelo governo do ex-presidente Cardoso. O que havia restado do transporte de carga, que deveria ser um dos mais importantes setores de desenvolvimento do país, vinha causando prejuízo diário de um milhão de dólares. Por trás de tudo isso, descaso, corrupção e um verdadeiro processo de destruição para entregar a malha ferroviária a multinacionais, além de favorecer também os monopólios que exploram o transporte rodoviário, como as indústrias de caminhões, ônibus, pneus e peças, sem falar na industria petrolífera, produtora dos combustíveis utilizados nas rodovias. Há ainda o lucro auferido por empresas privadas e pelo próprio Estado com a cobrança do pedágio mais caro do mundo. Os trens suburbanos, depois de recuperados com dinheiro do BNDES, foram entregues a grupos estrangeiros, que já cobram valores mais altos que os dos ônibus por uma passagem. Isso sem falar no metrô...




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