segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

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TRIBUNA IMPRESSA Araraquara, domingo 21 de dezembro de 2008 Cidade
Ignácio imortal
Lucas Tannuri

A escada construída na Estação Ferroviária: problema que tem solução Os antigos gregos acreditavam que os deuses eram imortais. Nós humanos elevamos à imortalidade os escritores que entronamos nas Academias de Letras. Assim, criamos os nossos deuses, que se tornam imortais. Na vida tudo é transitório: o poder, a fama, a fortuna, mas ficam os valores eternos e a palavra escrita. Hoje, mais de 50% dos habitantes de Araraquara não nasceram aqui, mas escolheram esta cidade para morar. Todos são cidadãos. O prêmio Nobel de Literatura Theodor Mommsen, com o livro a "História de Roma", defende a tese de que as civilizações se desenvolvem não como células que se multiplicam, mas como células que se aglutinam, neste caso, povos que se juntam, desenvolvendo novas civilizações, novas forças sociais e políticas.
Araraquara nasceu com a lavoura do café, depois como sede de repartições públicas regionais, como a EFA, DER, CPFL, CTB, etc., com as Faculdades de Engenharia, Agrimensura, Farmácia, Odontologia, Química, Filosofia, Ciências e Letras, com o Campus da Unesp, Uniara, Unip, com a instalação de indústrias como a Lupo, Nigro, Cutrale, FMC, Usinas Tamoio, Zanin e Maringá, Villares, Sachs, Kaiser, Embraer, Iesa, etc. Enfim, com todos aqueles que aqui se estabeleceram e, crescendo, agregaram novos colaboradores e nos trouxeram novos valores. Todos têm o direito de opinar sobre a cidade que querem ou sobre os valores que devem predominar nesta urbe. Não podemos condenar as idéias, nem quem muda de idéia, mas sim quem não tem idéia. Em 1995, na Associação Comercial de Araraquara, discutindo sobre a crise da Ferroviária, o nosso então vice-prefeito Gaeta propôs a municipalização do Estádio da AFE e a venda do Estádio Municipal para quitação das dívidas que, na época, eram da ordem de R$ 500 mil. Na Câmara Municipal, o maior opositor desta idéia foi o vereador Edinho Silva.
Dez anos depois, como única saída para preservar o patrimônio da AFE, o prefeito Edinho Silva teve que desenvolver a proposta do Gaeta e, com muito mais sacrifício e esforço, quitar quase R$ 5 milhões de dívidas.
O Hotel Morada do Sol, idealizado pelo Rômulo Lupo para dotar a cidade de um grande e bom hotel, tendo cumprido a sua finalidade, foi vendido pelo prefeito Edinho Silva para adquirir o complexo da Facira.
Nas obras do bulevar da Rua Cinco, intervindo junto ao prefeito Edinho Silva, conseguimos com pequenas modificações no projeto de arquitetura atender à maioria dos pleitos dos cidadãos. Da mesma forma, apelamos ao nosso prefeito para que reveja alguns detalhes do projeto da reforma da Estação Ferroviária, que traz a marca e as tradições do nosso passado.
Ofereço graciosamente meus serviços como engenheiro para achar a solução para a escada metálica. Para finalizar, discordo do tratamento que a Secretária do Planejamento dispensou aos nossos cidadãos e ao nosso "Imortal". Ignorou que temos criado por lei em 2003, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Araraquara (Compphara), que deve analisar e opinar sobre as obras que precisam ser preservadas; desrespeitou as nossas leis e as nossas instituições, não atendendo à discussão sobre o projeto, dizendo que o mesmo estava aprovado no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico (Condephaat), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, omitiu que o mesmo somente opinou sobre a parte externa da Estação, que não poderia ser modificada e não necessitava emitir parecer sobre a parte interna, posto que a Estação de Araraquara ainda não estava tombada por este órgão estadual. Esta informação veio pelo ofício GP/UPPH, processo 57.354/2008 do Condephaat, expedido no dia 11 de dezembro de 2008 e recebido no dia 15 de dezembro de 2008. A Secretária do Planejamento ignorou que o artigo 136 da Lei complementar n.º 350 de 27 de dezembro de 2005, publicada no jornal O Imparcial, de 30 de dezembro de 2005, determinou o tombamento do edifício da Estação Ferroviária de Araraquara.
Desta maneira a Prefeitura do Município de Araraquara precisa colocar outros (as) interlocutores (as) para preservar nossos valores, nossos cidadãos e nosso "Imortal".
Eng. Roberto Massafera - ex-prefeito de Araraquara - "Um cidadão"Araraquara, dezembro de 2008
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