segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Reforma da estação é intervencionista, dizem especialistas

TRIBUNA IMPRESSA Araraquara, 21 de dezembro de 2008 TÔ!LIGADO
Reforma da estação é intervencionista, dizem especialistas

Saguão com balcão e escada e o gradil serrado: intervenções
As obras pelas quais vem passando a Estação Ferroviária de Araraquara deveriam ter caráter de conservação e não intervencionista como vem sendo adotado, por tratar-se de um imóvel que remete à memória de um período importante para a história econômica e cultural da cidade. Esta é a opinião de dois profissionais especializados em restauração de patrimônio cultural - sem vínculos políticos ou ideológicos de qualquer natureza em Araraquara – convidados pelo Tô!Ligado a opinar sobre as obras que a Prefeitura conduz no local desde agosto deste ano.
Como admite Luciana Gonçalves, secretária municipal de Desenvolvimento Urbano de Araraquara, a Estação Ferroviária de Araraquara "não está passando por uma restauração, mas sim por uma reforma com a finalidade de adaptar o prédio ao seu futuro uso como museu". Em plena conformidade com a lei, a obra foi aprovada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), que ficou responsável apenas por analisar o projeto relacionado à área externa do prédio, já que o órgão não pode intervir em bens tombados nas imediações da estação. O projeto de reforma da parte interna, porém – atual alvo de uma polêmica acerca da descaracterização de sua arquitetura original -, não necessita de avaliação porque ainda não se encontra em estudo de tombamento.
Para dar seu parecer sobre esta obra, a arquiteta especializada em restauro de patrimônio cultural Cristina Simão, da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), foi informada da data de construção da estação e que a reforma está sendo realizada com a finalidade de abrigar o futuro Museu da Memória Ferroviária de Araraquara. Ela também recebeu fotos do saguão do prédio, onde foram instalados elevador e escada, principais detonadores da polêmica.
A primeira reação de Cristina foi afirmar, categoricamente, que "qualquer patrimônio cultural em que a população se reconheça nele precisa ser preservado e é o próprio município quem deve se preocupar com sua preservação, independente deste bem ser tombado ou não".
Mesmo se tratando de uma reforma e não de uma restauração, a arquiteta da Faop indica que, quando não há o tombamento, os profissionais contratados pelo governo para a execução da obra devem ter em mente que a adequação de um imóvel histórico para um novo uso deve ser sempre realizada de forma conservativa e não intervencionista. "Se o prédio será um museu ferroviário, suas características arquitetônicas essenciais devem ser mantidas para que o próprio prédio seja também um objeto deste museu", analisa Cristina, em contraponto ao projeto defendido por Luciana Gonçalves. UMA COISA QUE OS (IR)RESPONSÁVEIS PELA PSEUDO-REFORMA DA ESTAÇÃO NÃO TIVERAM COMPETÊNCIA PARA LEVAR EM CONTA: "Se o prédio será um museu ferroviário, suas características arquitetônicas essenciais devem ser mantidas para que o próprio prédio seja também um objeto deste museu"
VAMOS PROTESTAR! É A ÚNICA COISA QUE PODE SER FEITA!Envie seu e-mail indignado paraprefeituradeararaquara@araraquara.sp.gov.br

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