''Vamos responder sozinhos por 0,5% de crescimento do PIB''
Fonte: Jornal do Brasil - RJ - Economia - 13/03/2005 [ <· Voltar ] [ Imprimir ]
Marcus Barros Pinto, Marcelo Kischinhevsky, Patrícia Nakamura e Daniele Carvalho
- As autoridades reguladoras brasileiras estão sendo excessivamente rigorosas com a Vale?
- Acho que sim. Investimos nos últimos quatro anos 60% de tudo o que foi aplicado em ferrovias no país. Aumentamos nosso transporte ferroviário em 10% ao ano, mas o transporte de cargas de terceiros cresceu quatro vezes mais. Eu me pergunto: o que eu fiz de errado? Estamos sendo punidos por termos efetivamente feito algo.
- O sr. atribui as críticas a uma disputa comercial?
- A pressão vem de alguns que querem aproveitar o momento para ampliar canais de exportações. Só que querem aproveitar os nossos investimentos. Passamos a receber críticas daqueles que não têm visão de longo prazo. A meu ver, a SDE (Secretaria de Direito Econômico) mandou parecer inconsistente para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) julgar.
O Cade tem que regular, ser rígido, policiar os cartéis, mas tem que ver também que nunca deixamos faltar um grama sequer de minério de ferro no mercado interno. Temos metas tarifárias com a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e estamos cumprindo. O reajuste de tarifa, por exemplo, tem ficado abaixo do sugerido.
- A Vale é hegemônica no transporte ferroviário.
- Não existe concorrência entre ferrovias porque não se pode construir uma ao lado da outra. A competição das ferrovias é com o transporte rodoviário. Falei com os conselheiros do Cade que queria fazer uma denúncia: somos a única empresa que faz transporte ferroviário interestadual de passageiros, nos ramais de Carajás e Minas-Vitória.
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