sexta-feira, 6 de março de 2009

Projeto de Integração

Esta é a versão em html do arquivo http://www.stm.sp.gov.br/antp_2004/138.pdf.

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PROJETO INTEGRAÇÃO CENTRO
COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS - CPTM
SUMÁRIO
1 - PROJETO INTEGRAÇÃO CENTRO
2 - ESTAÇÃO DA LUZ
2.1 - HISTÓRICO
2.2 - CONCEPÇÃO FUNCIONAL
2.3 - PROJETO DE RESTAURO
3 - ESTAÇÃO BRÁS
3.1 - CONCEPÇÃO FUNCIONAL
3.2 – PROJETO DE RESTAURO
1 - PROJETO INTEGRAÇÃO CENTRO
A Integração Centro, um dos projetos mais abrangentes da CPTM, trata da
duplicação das vias, no trecho compreendido entre as estações Brás e Barra Funda,
numa extensão de cerca de 7 km, viabilizando o acesso direto dos usuários das
Regiões Leste e Oeste ao Centro, sem transferência, possibilitando a integração das
6 linhas do trem metropolitano (A, B, C, D, E e F) e destas com as linhas metroviárias
nas estações Brás, Luz e Barra Funda. Esse projeto inclui, também, a modernização
funcional e o restauro das estações Brás e Luz.
O Projeto Integração Centro proporcionará uma melhor distribuição dos passageiros
na área central, maior conforto e segurança nas viagens, maior facilidade de
integração com a Rede Metroviária, bem como a redução dos congestionamentos e
da poluição ambiental na cidade de São Paulo.
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As melhorias envolvidas concentram-se, principalmente, na construção e reabilitação
de vias, modernização geral dos sistemas de sinalização, telecomunicações, rede
aérea e aquisição de equipamentos como escadas rolantes, bloqueios eletrônicos e
equipamentos de acessibilidade.
O sistema de trens metropolitanos, dentro de uma estratégia operacional e
administrativa, contempla uma nova configuração onde as linhas A/E e B/D se
constituirão em dois arcos distintos, operando com intervalo entre trens de 3 minutos,
no trecho compreendido entre as estações Brás e Barra Funda, e com intervalo de 6
minutos nos demais trechos. A interpenetração dessas linhas, no trecho central,
apresenta conversões operacionais em Barra Funda e Brás.
O Centro de Controle e Gestão do sistema de trens metropolitanos, de moderna
concepção, será instalado junto à Estação Brás.
O orçamento para a implantação do Projeto Integração Centro é de 110 milhões de
dólares, financiados pelo BIRD, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo.
2 - ESTAÇÃO DA LUZ
2.1 - HISTÓRICO
Nas últimas duas décadas, foram estudadas várias alternativas de projeto, com a
finalidade de solucionar a integração entre dois sistemas de alta capacidade,
interligando a Estação da Luz da CPTM à Estação Luz da Linha 1-Azul do METRÔ,
solução que se convencionou chamar de “Integração Luz-Luz”.
A dificuldade em se conseguir recursos e um projeto técnico de consenso retardou a
implantação dessa importante interligação, que, quando construída, agilizará a
transferência dos usuários entre os dois sistemas, com conforto, rapidez e segurança.
Esse quadro se alterou de forma definitiva em 1999, pela aprovação do Plano Diretor
da CPTM e assinatura do contrato com o Banco Mundial, assegurando a implantação
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do Projeto Integração Centro, do qual faz parte a modernização da Estação da Luz,
envolvendo duas questões distintas, numa única intervenção:
a do transporte, cuja proposta é dotar a Estação da Luz dos requisitos necessários
para operar como estação principal do sistema de trens metropolitanos, integrado à
rede do metrô, e
a do restauro, onde o projeto está orientado no sentido de salvaguardar a identidade
da construção original, preparando, entretanto, o edifício para sua ocupação, dentro de
um plano operacional de modernização das linhas da CPTM.
2.2 - CONCEPÇÃO FUNCIONAL
2.2.1 - PREMISSAS
• considerar todo o entorno próximo à estação como área de influência do projeto,
dentro de um quadro mais amplo de intervenções, em conjunto com as áreas
federal, estadual e municipal;
• adequar o projeto de modernização das linhas da CPTM ao projeto de restauro,
garantindo o caráter, a forma e função originais da Estação da Luz;
• integrar as linhas do trem metropolitano entre as estações Brás e Barra Funda,
facilitando a distribuição dos usuários à área central, de acordo com o novo plano
operacional;
• adotar a solução de saguões subterrâneos, sem interferência espacial na Gare,
proporcionando conforto e rapidez nas transferências entre os modos de transporte
e maior acessibilidade entre as áreas do entorno, como o Jardim da Luz,
Pinacoteca do Estado, Avenida Tiradentes, Rua José Paulino, Rua Mauá e Avenida
Cásper Líbero, através de área não paga, aumentando a opção de acessos aos
usuários lindeiros;
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• reordenar o fluxo de veículos no entorno da Estação, promovendo também a
adequação das calçadas, em alguns pontos, favorecendo a acessibilidade de
pedestres aos pontos de interesse histórico e cultural.
2.2.2 - DESCRIÇÃO DO PROJETO
O projeto da Estação da Luz procura conciliar a modernização funcional da estação
com o projeto de restauro, preservando suas características e qualidades como marco
expressivo das intervenções urbanas no transporte ferroviário no Brasil e documento
da história econômica, social e arquitetônica paulista.
A Estação da Luz se tornará, no futuro, ponto importante da rede de alta capacidade
sobre trilhos, pela integração de duas linhas de metrô e seis linhas do sistema de trens
metropolitanos, garantindo acessibilidade para toda a Região Metropolitana de São
Paulo, a partir dessa estação. O movimento diário esperado é da ordem de 300 000
passageiros e na hora mais carregada em torno de 30 000.
Para equacionar o grande volume de passageiros com destino ao Centro e em
transferência para outras linhas, serão construídos dois saguões subterrâneos, onde
ficarão as bilheterias, linha de bloqueios e as escadas rolantes e fixas de acesso às
plataformas, além dos equipamentos para portadores de necessidades especiais.
Um dos saguões ficará próximo à Rua Brigadeiro Tobias, conectando-se com as áreas
de distribuição das linhas do Metrô (Linha 1-Azul e futura Linha 4-Amarela) e o outro
junto à Avenida Cásper Líbero, coincidente com o eixo principal da estação.
Os dois saguões serão interligados sob a Rua Mauá, por área não paga, ampliando a
acessibilidade à estação e garantindo maior integração com o entorno. Os novos
acessos estão distribuídos nos passeios do Jardim da Luz, em frente à Pinacoteca do
Estado, junto às avenidas Tiradentes/Prestes Maia e Cásper Líbero. Partindo do
saguão principal da estação, utilizando o conjunto de escadas fixas existentes, será
construído outro acesso à área subterrânea, tornando possível visualizar a estrutura
original, em arcos, e as aberturas de iluminação situadas nas calçadas.
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O dimensionamento dos saguões e equipamentos tomou por referência os estudos de
demanda realizados pela CPTM, com base nos dados obtidos com a Pesquisa
Origem-Destino.
2.3 - PROJETO DE RESTAURO
A linha mestra das intervenções de restauro na Estação da Luz é a recuperação da
integridade física da estrutura metálica que conforma a Gare - elemento de indiscutível
expressão que testemunha o arrojo das técnicas empregadas para sua construção no
final do século XIX - bem como o resgate e a recuperação física dos inúmeros
elementos arquitetônicos originais, tais como esquadrias de ferro e madeira e a
enorme profusão de ornamentos em argamassa raspada das fachadas. Todo o
trabalho é traçado em consonância com a intervenção proposta para a modernização
da estação e visa enaltecer a qualidade espacial de um patrimônio arquitetônico e
urbanístico de reconhecida importância.
Em julho de 2002 foi firmado um convênio de cooperação associativa entre a CPTM,
RFFSA e Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo para implementação do
projeto Espaço de Celebração da Língua Portuguesa, com apoio da Fundação
Roberto Marinho, que se destina ao restauro e adaptação do prédio anexo à Gare,
com o objetivo de criar um local especialmente dedicado à pesquisa da nossa língua e
a sua valorização como elemento primordial de identidade nacional.
3 - ESTAÇÃO BRÁS
O projeto de modernização da Estação Brás dá atendimento às premissas preconizadas no
Plano Diretor, permitindo que as linhas B/D, A/E e F operem de acordo com o novo plano
operacional e integradas à Linha 3-Vermelha do Metrô.
A situação atual apresenta um conjunto de construções, sendo uma passarela de integração
com a Estação Brás do Metrô, a Estação Roosevelt e a antiga Estação do Brás, tombada
pelo Patrimônio Histórico.
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3.1 - CONCEPÇÃO FUNCIONAL
3.1.1 PREMISSAS
• contemplar a operação das linhas B/D e A/E, com prestação de serviço de
embarque/desembarque de passageiros e as reversões necessárias, de acordo com o
plano operacional;
• considerar essa estação como ponto terminal da Linha F;
• considerar a passarela, construída pelo Metrô, como parte integrante da área de
distribuição de passageiros, minimizando as intervenções;
• utilizar o conceito de cobertura total das plataformas, diferente da situação atual;
• considerar as Salas Técnicas e Operacionais num único bloco;
• considerar os acessos existentes interligados pela passarela central de distribuição;
• manter a atual estrutura da Gare da Estação Roosevelt;
• garantir a preservação e restauração da antiga Estação do Brás, tombada pelo
Condephaat e Conpresp;
• reservar área para a implantação de um Terminal da futura ligação com o Aeroporto
Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
3.1.2 - DESCRIÇÃO DO PROJETO
O projeto de modernização da Estação Brás da CPTM parte da construção de uma nova
passarela, interligada com o mezanino existente do Metrô. No nível térreo haverá um
remanejamento expressivo das plataformas existentes, mantendo na mesma posição as
duas plataformas das linhas B/D, em função do tombamento da antiga Estação do Brás.
Para as linhas A/E será destinada uma plataforma central e para a Linha F, uma central e
outra de reserva operacional, já que a linha termina nessa estação. Todas as plataformas
serão equipadas com escadas rolantes e fixas e elevadores para portadores de
necessidades especiais.
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A nova estação terá dois acessos, um pela Rua Domingos Paiva, na área tombada da
antiga Estação do Brás e outro pela Gare Roosevelt.
A nova cobertura abrange todas as plataformas e foi projetada em estrutura metálica.
3.2 - PROJETO DE RESTAURO
O critério adotado no projeto de restauração é o de resgatar as sutilezas espaciais e
construtivas do conjunto original, valorizando as paredes de vedação com seus arremates e
elementos decorativos. Prevê-se o rebaixamento da atual plataforma para o nível original, o
que será obtido através de prospecções. O espaço resultante será utilizado, parte para
acesso de usuários, com bilheterias e bloqueios e parte por atividades de utilidade pública,
como correios, poupa tempo, área para telefones públicos, etc.
4. SITUAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
As obras encontram-se em pleno desenvolvimento, tendo já sido concluída a construção da
nova Estação Brás, bem como boa parte da infra-estrutura da nova configuração das vias
permanentes.
As obras na Estação Luz estão em pleno andamento, sendo prevista a conclusão dos
trabalhos até julho de 2004.
Da mesma forma, o prédio para o novo CCO está em construção, com término da instalação
e ativação dos equipamentos previstos para a mesma data.

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